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Categoria aprova greve na Sabesp

Os trabalhadores da Sabesp na Baixada Santista e no Vale do Ribeira aprovaram a realização de uma greve, por tempo indeterminado, a partir da zero hora do dia 7 de outubro. No dia 6 do próximo mês, será realizado um novo encontro nesses locais para ratificar o movimento paredista.

Durante as assembleias realizadas em Santos e Registro, no último dia 23, foram contabilizados 24 sufrágios contrários à paralisação e 14 abstenções. O principal motivo da greve é a insatisfação da categoria com a empresa pela morosidade em cumprir alguns compromissos firmados durante a negociação do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e em atender algumas reivindicações da categoria, como mais segurança nas unidades e melhorias no PCS (Plano de Cargos e Salários).

O presidente do Sintius, Marquito Duarte, explica que, desde meados de julho, a entidade encaminhou diversos ofícios à Sabesp e à Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos para resolver os impasses. Na carta-compromisso, destacamos alguns problemas que precisavam ser sanados, como a flexibilização dos critérios para o pagamento da avaliação de competência e desempenho e a criação da comissão para discutir melhorias no auxílio-creche.

Outro item citado foi o fim da exigência de o trabalhador da Sabesp pedir demissão para assumir outra função na empresa, após ter sido aprovado em concurso público. Em relação aos adicionais de insalubridade e periculosidade, a estatal reenquadrou os trabalhadores nos GHEs (Grupos Homogêneos de Exposição). No entanto, alguns ficaram de fora dessa relação. Trouxemos um técnico para avaliação in loco e esse trabalho vai continuar.

PCS

Também exigimos uma solução para o desvio de função dos técnicos de gestão das unidades, que estão sendo obrigados a exercer a mesma atividade dos atendentes. Essa situação também afeta os motoristas, que passaram a atuar como operadores de equipamentos e vice-versa.

O Sintius cobra ainda a adequação da remuneração dos encarregados. Afinal, o estudo apresentado este mês não contempla os anseios trabalhadores. Marquito destaca ainda outras lutas, como a garantia de 2% da folha de pagamento para o PCS e a definição de critérios que levem em consideração um percentual relacionado ao tempo de serviço, mais seleções internas na mesma categoria e a criação de critérios mais objetivos de avaliações a fim de se evitar injustiças.

Insegurança

Outro ponto de reivindicação do Sintius é melhorar as condições de segurança nas estações de tratamento de água e esgoto na Baixada Santista. O problema foi resolvido parcialmente por conta de ações tomadas na ETA Bertioga, assim como nas ETEs Samaritá e Vicente de Carvalho.

Fonte: Jornal Urbanitário.

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