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Centrais sindicais protestam contra mudanças em benefícios sociais

Centrais sindicais organizaram manifestações em vários locais contra as mudanças na concessão de direitos trabalhistas e previdenciários, que entraram em vigor ontem (2). Os dirigentes escolheram as superintendências regionais do Ministério do Trabalho e Emprego para fazer o protesto, afirmando que as medidas prejudicam os trabalhadores. Em São Paulo, por exemplo, os manifestantes ocuparam duas faixas da pista na rua Martins Fontes, entre as ruas Álvaro de Carvalho e Major Quedinho, região central.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, chamou de "injustas e recessivas" as alterações previstas nas Medidas Provisórias 664 e 665, editadas no final do ano passado. "O dinheiro obtido com o seguro-desemprego e o abono salarial vai para a compra da comida, do arroz, do feijão (e outras necessidades básicas) e não para a compra de ações ou títulos do mercado financeiro", afirmou, apontando setores com alta rotatividade de mão de obra, como o comércio e a construção civil, como mais prejudicados, à medida que muitos empregados não conseguirão atingir o prazo mínimo de 18 meses para conseguir ter o primeiro acesso ao seguro-desemprego (o prazo anterior era de seis meses).

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse que as mudanças excluem do benefício mais de 8 milhões de trabalhadores. "O governo alega distorção no sistema e para corrigir tem de taxar, isso é errado. Há outras medidas (que podem ser adotadas no lugar delas, por exemplo), taxação de grandes fortunas, taxação sobre remessas de lucros."

Representantes das centrais foram recebidos pelo superintendente regional em São Paulo, Luiz Antônio de Medeiros. Os sindicalistas estão se organizando para tentar derrubar ou modificar as MPs no Congresso.

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