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Funcionários da Mercedes fazem paralisação em defesa do emprego

Cerca de 3.200 trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, pararam a produção na fábrica, ontem (21). Eles reivindicam a readmissão de 244 dispensados pela montadora, em dezembro. Desde o dia 5, os funcionários fazem atos e paralisações em vários setores da fábrica para pressionar a empresa a reverter as demissões.

"A Mercedes-Benz precisa entender que se efetivar as demissões, outras empresas vão no mesmo caminho. E se forem no mesmo caminho, aí é que não vai vender. O trabalhador desempregado não consome. Se não consome, a indústria não produz e nós vamos para a crise", diz o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, em reportagem da TVT. Para Nobre, a pressão dos sindicatos é fundamental, porque a crise no setor só será resolvida com medidas governamentais de proteção ao emprego e à produção nacional.

A paralisação envolveu empregados dos turnos da tarde e da noite e, além de manifestar solidariedade aos demitidos que não tiveram seus contratos renovados, após período de lay-off, protestou contra medidas do pacote de ajuste fiscal do governo e o veto à correção da tabela do Imposto de Renda em 6,5%.

Na próxima quarta-feira (28), as centrais sindicais vão realizar um dia nacional de luta em defesa do emprego e pela revogação das medidas provisórias 664 e 665, que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários como seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte.

“Não podemos permitir, de maneira nenhuma, que o país vá para a recessão e que a gente  perca tudo que a gente construiu ao longo desses 12 anos, e que não foi pouca coisa. Se essas medidas desastrosas continuarem, vamos perder, em seis meses, aquilo que a gente conquistou”, conclui o dirigente.

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