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Greve dos bancários começa nesta terça em todo o país

Bancários de todo o país, com data-base em 1º de setembro, cruzam os braços por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (6). Na última quinta-feira, assembleias da categoria em sindicatos em todas as regiões deflagaram a paralisação ao rejeitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de 5,5% de reajuste salarial. A proposta dos banqueiros prevê também abono único de R$ 2.500.

Segundo o Comando Nacional dos Bancários, a oferta está longe de repor a inflação – calculada em 9,88% – e representaria perdas de 4% para os bancários.  Os 9,88% representam a variação do INPC em 12 meses, até agosto.

“Não vamos aceitar acordo sem reajuste digno, garantia de emprego e melhores condições de trabalho. A categoria está unida e vai fazer uma greve forte. Esperamos que os bancos retomem as negociações o mais rápido possível, com reajuste compatível com a riqueza do setor”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional da categoria.

Segundo o Comando, os bancos alegam que o índice oferecido seria compatível com outros acordos coletivos que vêm sendo negociados por outras categorias no período. "Essa desculpa pode até servir para setores em dificuldades, quem enfrentam queda da atividade ou mesmo prejuízos. Mas não serve para o setor financeiro", diz Juvandia, referindo-se ao lucro recorde de R$ 36 bilhões alcançado pelos cinco maiores bancos do país no primeiro semestre.

Entre os itens da campanha nacional, estão índice de 16% (reposição da inflação mais aumento real de 5,6%, acima da inflação). A categoria reivindica ainda a manutenção do emprego e melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas.

Segundo o Comando, durante o período de greve os caixas de autoatendimento devem funcionar normalmente para atender à população.

Fonte: Rede Brasil Atual

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